12.7.11

DA JANELA

Do que me serve a velha canção
quando me tenho prostado à janela do mundo
mesquinhas têm sido minhas aspirações
hipócritas os meus gritos.

Ai, mãe que consolo resta agora?
a miséria se espalha no corpo frio da cidade
e a escuridão é constante e assustadora.
Como estancar mãe, o sangue em meu canto?

Reduzir... Reduzir atômicamente
como única resposta aos crimes
às brutalidades em nome da verdade
nestes tempo de direito e força

Ver crianças mãe, da janela do mundo
famintas, inocentes e marginalizadas
Ai mãe que história resta agora?
Nada além deste poema?

                                               Antonio Thadeu Wojciechowski